Parentesco

O conceito de parentesco pode ser definido como “a relação que vincula as pessoas por descenderem umas das outras ou de um só tronco, pelo casamento ou união estável, pela adoção ou, finalmente, pela filiação social”. (FRANCIULLI NETTO, 2006)

Conforme apresentações de grupos anteriores, o parentesco, do ponto de vista antropológico pode ser analisado a partir do método genealógico,

“usado na Antropologia cultural, permite o estudo do parentesco com todas as suas implicações sociais, estrutura familiar, relacionamento de marido e mulher, pais e filhos e demais parentes; informações sobre o cotidiano, a vida cerimonial (nascimento, casamento, morte).”

Apenas para exemplificar uma abordagem sobre a importância das relações de parentesco, Durkheim[1] distingue dois tipos de solidariedade social, ou seja, duas formas de vínculo entre os membros da sociedade. A primeira encontra-se nas sociedades antigas, e pode ser chamada de solidariedade mecânica (ou por semelhança). Tais sociedades impõem aos seus membros deveres particularmente rígidos. Os valores sociais decorrem da tradição e da religião e o grupo organiza-se como uma verdadeira comunidade, fundamentada em relações de parentesco e na preservação da propriedade coletiva. A segunda encontra-se nas sociedades modernas, e, pode ser chamada de solidariedade orgânica (ou por dessemelhança). Trata-se de sociedades complexas, fundamentada na divisão do trabalho, segundo o princípio da especialização.

A seguir, faremos uma abordagem tecnicista do tema “parentesco”, bem como de um instrumento de análise – o Gráfico de Parentesco – e uma descrição da visão antropológica sobre o tema.



[1] Notas de aula da disciplina de Sociologia, ministrada pelo professor Silvio Horta na FEAD em 2007[grifo nosso].

** Parte do trabalho “Antropologia” apresentado em 2009 com os colegas Eliana Maria C.Del Bianco Maia, Karla Matos de Souza, Luana da Silva Rodrigues e Luciara Morais Alves à disciplina Antropologia Jurídica. Professor Sílvio Horta.