Era uma vez, em um lugar distante, um País das Maravilhas (PM) em que mandava o Ministério da Magia (como em Hogwarts). Acima dele, havia um grupo com desejos semelhantes aos do Gollum (Sméagoll) que corria atrás do poder do precioso Anel, denominado “Poder Transcendental”, e que formava a facção dos Poderosos comandada por Voldemort (conhecido também por Sauron).
Além dos Poderosos, existiam também as facções dos Opositores, dos Negociantes, dos Trouxas, dos Cuecões, da Imprensa, dos Hobbits e, claro, os divergentes – aqueles cidadãos normais que não se encaixavam necessariamente em uma das facções e acabavam fazendo de tudo um pouco (mesmo que em menor escala). A seguir são apresentadas essas facções.
O Ministério da Magia era o mais importante, que deixava afastados os Trouxas (no caso, diferente da história de Harry Potter, os Trouxas eram os enfeitiçados que mantinham os Poderosos no poder). Até hoje não se sabe bem quem mandava nesse Ministério, mas o comando geral dos 40 ministérios (sim, outros 39 eram necessários para a gestão – só não se sabe gestão do quê) era exercido por Adilmalá. Dizem que essa quantidade de Ministérios era necessária para conter os Negociantes (muito bem relacionados com os Cuecões), que não eram nem Poderosos nem Opositores mas se sustentavam vendendo votos – o que recentemente inclusive vem sendo veiculado em um jornal de circulação nacional chamado Diário Oficial (ou, no caso, Jornal Balcão).
Guerrilheira de mão cheia, Adilmalá comandava um exército de súditos conhecidos por Cuecões – o nome foi cunhado porque eles costumavam transportar seus pertences nas cuecas por dois motivos: para escapar das altas cobranças de impostos e para tentar criar a ilusão de que eram “cabras machos” (dado o volume na cueca). O segundo motivo foi logo abandonado, porque foi lançado um desodorante com partículas de cabra macho e eles adoravam esfregá-lo pelo corpo, sentindo-se muito poderosos – o que os aproximava um pouco da facção homônima.
Os elevados impostos eram comparados aos 30% cobrados na Suécia. E o Ministério da Magia cuidava para que a saúde, a educação, a limpeza e a segurança do PM fossem comparáveis à Suécia. Esse sempre foi um efeito interessante criado pelo Ministério da Magia: apesar de ver e sentir na pele a real situação do país, os Trouxas continuavam a acreditar que moravam no PM e que os Opositores destruiriam tudo. Para não onerar os serviços públicos, governantes do PM enviavam seus filhos para estudar em outros países e usavam os serviços de saúde e segurança particulares.
O futebol sempre foi o esporte nacional do PM, e não o quadribol. Tanto que grandes empresas que trabalhavam junto aos Ministérios criavam seu próprio campeonato interno (a única coisa estranha é que todos eram campeões sempre), e fazia parte da cultura passar a bola – fundamento essencial para obter bons resultados. Em uma Copa do Mundo, inclusive, após uma derrota histórica, o Ministério da Magia logo tratou de convocar um dos anões da Branca de Neve para o comando da seleção para tentar reverter a situação.
O poder do Ministério da Magia era tão grande que, mesmo após não conseguir implantar a censura à facção da Imprensa, passou a publicar no Jornal Balcão a distribuição de verbas aos Cuecões. Apesar de alguns integrantes terem sido presos no passado, os Poderosos continuavam no poder.
Comandados pelo juiz S.M. (seu nome não era revelado, pois poderia estar na mira dos Poderosos) sob o pseudônimo de Frodo, os Hobbits tinham poder equivalente aos de Polícia Federal, Ministério Público e outros. Talvez o maior desejo de Adilmalá fosse comandar os Hobbits, pois sempre tratava de comentar à facção da Imprensa que eles agiam sob ordens suas.
Em uma de suas últimas empreitadas, os Hobbits haviam conseguido prender parte dos Cuecões, e as declarações obtidas em seus depoimentos estavam ajudando a esclarecer algumas atividades suspeitas que envolviam os Poderosos. A última notícia encaminhada pela Imprensa citava uma lista de 750 obras que poderiam comprometer a posse do Anel.
A última facção de nossa aventura, os Opositores, tem se destacado mais recentemente. Apesar de existirem há bastante tempo, estavam encavernados nos últimos anos, mais contidos em suas províncias de SP (Saifora Poderosos) e TB (Trem Bão) – essa última, tomada recentemente pelo Poder Transcendental. Esse foi um fato que ainda não se sabe se o Ministério da Magia agiu sobre os Trouxas ou sobre o líder dos Opositores.
Em outra frente de trabalho, os Hobbits também identificaram problemas envolvendo meios de transporte em SP, uma província ainda resistente ao Poder Transcendental. Até agora não foram citados nomes dos Opositores envolvidos no esquema – de concreto mesmo, somente as prisões de integrantes dos Poderosos. Mas vamos aguardar os próximos capítulos, torcendo pelos Hobbits!
Será que o Poder Transcendental, auxiliado pelo Ministério da Magia, continuará a iludir os Trouxas por muito tempo?
E os Opositores, conseguirão tomar o Anel?
Será que o envolvimento de Adilmalá, e mais importante, de Voldemort, serão comprovados?
Minha maior esperança é que os divergentes não parem de crescer e que o Anel seja destruído!
Um divergente inconformado (pleonasmo)